sábado, 25 de julho de 2009

O NOSSO GRANDE PECADO

1. O episódio da multiplicação dos pães gozou de uma grande popularidade entre os seguidores de Jesus. Todos os evangelistas o relatam. Certamente, comover-lhes-ia pensar que aquele homem de Deus se preocupou em alimentar uma multidão que tinha permanecido sem o necessário para comer.
2. Segundo a versão de João, o primeiro que pensa na fome daquela gente que tinha acorrido para escutá-Lo é Jesus! Esta gente necessita comer; há que fazer algo por eles. Assim era Jesus. Vivia pensando nas necessidades básicas do ser humano.
3. Filipe fez-lhe ver que não tinham dinheiro. Entre os discípulos, todos são pobres: não podem comprar pão para tanta gente. Jesus o sabe. Os que têm dinheiro nunca resolverão o problema da fome no mundo. Não basta só o dinheiro!
4. Jesus vai ajudá-los a vislumbrar um caminho diferente. Antes de mais, é necessário que ninguém acumule o que é seu para si mesmo se há outros que passam fome. Os seus discipulos terão que aprender a colocar à disposição dos famintos o que têm, nem que seja somente "cinco pães de cevada e dois peixes".
5. A atitude de Jesus é a mais sensível e humana que podemos imaginar. Mas, quem nos irá ensinar a partilhar se só sabemos comprar? Quem nos irá libertar da nossa indiferença perante os que morrem à fome? Há algo que nos possa tornar mais humanos? Produzir-se-á algum dia esse "milagre" da solidariedade real entre todos?
6. Jesus pensa em Deus. Não é possível crer n'Ele como Pai de todos e viver deixando que Seus filhos e filhas morram de fome. Por isso, toma os alimentos que recolheu no grupo e "levanta os olhos ao céu e dá graças." A Terra e tudo o que nos alimenta recebemos de Deus. É a dádiva do Pai destinada a todos os seus filhos e filhas. Viver privando os outros do que necessitam para viver é o nosso grnade pecado que quase nunca o confessamos.
7. Ao partilhar o pão da Eucaristia, os primeiros cristãos sentiam-se alimentados por Cristo ressuscitado, mas, ao mesmo tempo, recordavam o gesto de Jesus e partilhavam os seus bens com os mais necessitados. Sentiam-se irmãos!
Arnaldo Vareiro

2 comentários:

  1. Só hoje tomei conhecimento deste espaço de partilha. Parabéns ao autor deste blog pelos excelentes textos que nos levam a reflectir e a interpelar.
    Irmã Aurora - São João de Serapicos

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  2. Teresinha - Paróquia Lapa Póvoa de Varzim27 de julho de 2009 às 15:20

    Um texto com ideias muito concretas e reais para um verdadeiro cristão meditar, interiorizar e praticar na vida quotodiana, com o seu próximo, pois a verdadeira fé é a que se pratica.

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